Estimular a participação feminina maior na disputa por cargos públicos nas eleições de 2018 foi um dos principais temas debatidos por integrantes do PSD Mulher na reunião realizada na tarde desta quinta-feira (10) no diretório do partido em São Paulo.
Cerca de 40 mulheres, de diversas faixas etárias e formações profissionais, compareceram ao encontro, onde puderam não apenas discutir sobre política partidária, mas trocar ideias e experiências a respeito de temas como violência doméstica e discriminação no mercado de trabalho. Conduzido pela coordenadora nacional do PSD Mulher, Alda Marco Antonio, o debate contou ainda com as participações da vice-coordenadora, Adriana Flosi, da secretária nacional, Ivani Boscolo, e da advogada criminalista e escritora Luiza Eluf.
Alda encorajou as participantes a se candidatarem a cargos públicos no próximo ano e se colocou à disposição para ajudar no que for necessário. “Entre 151 países que elegem parlamentos, o Brasil está em 115º lugar, com menos de 10% de parlamentares mulheres. Isso é uma coisa de fazer a gente passar vergonha”, destaca a coordenadora.
Ela frisou que nenhuma outra sigla estimula tanto o engajamento feminino quanto o PSD. “Outros partidos são até hostis com as mulheres, dizem que são enjoadas, perguntam muito, dão trabalho e conversam demais. Aqui temos uma postura diferente. Estamos lutando e trabalhando para criar um ambiente favorável à militância feminina.”
Cotas e empoderamento – A vice-coordenadora, Adriana Flosi, abordou a necessidade de adoção de cotas para as mulheres no mercado de trabalho, citando o espaço ainda inexpressivo ocupado por elas em postos de comando nas empresas. “No mundo, são apenas 6,5% participando nos Conselhos de Administração. Só a política de cotas corrige isso. É preciso ter leis que deem as mesmas oportunidades”.
Outro tema bastante discutido no encontro foi o estímulo ao empoderamento como forma de enfrentar várias formas de abuso praticado contra as mulheres. “A violência não é apenas física, mas moral, psicológica e financeira. O agressor acha que tem o direito de subjugar”, explica a presidente da Liga das Mulheres Eleitoras do Brasil (Libra) em Carapicuíba e liderança do PSD Mulher Adriana Bernardino.