Liderança do PSD, o presidente da instituição, João Veríssimo, lançou o programa Novos Tempos, que encaminha para o mercado de trabalho quem já cumpriu medidas socioeducativas

 

João Veríssimo: “O que importa aos jovens é ter educação formal, é seguir um caminho digno e ter um rendimento lícito mensal”

 

 

Redação Scriptum com Fundação CASA

 

O presidente da Fundação CASA, João Veríssimo, uma das lideranças do PSD no Estado de São Paulo, lançou oficialmente nesta quarta-feira (31) o programa Novos Tempos, que tem como objetivo encaminhar para o mercado de trabalho jovens que já cumpriram medidas socioeducativas nos centros da instituição. O projeto foi lançado em cerimônia com transmissão on-line que reuniu cerca de 300 pessoas entre funcionários da fundação e representantes da sociedade civil e do Judiciário. “Depois da desinternação, o que importa aos jovens é ter educação formal, é seguir um caminho digno e ter um rendimento lícito mensal para ajudar a sustentar a família, especialmente os que já são pais”, afirma João Veríssimo.

Em 2023, a instituição atendeu aproximadamente 15 mil adolescentes. Desse total, cerca de 2.800 saíram por já terem cumprido as medidas socioeducativas. “Se a sociedade não os acolher, o tráfico irá. Logo, vemos que a empregabilidade é importante tanto para aqueles que saem quanto para os que ainda cumprem a medida”, ressalta o presidente da fundação.

A adesão dos participantes ao programa é voluntária e orientada ainda durante o cumprimento da medida, na elaboração do Plano Individual de Atendimento (PIA). O projeto, que segue as diretrizes estabelecidas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e pelo Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), foi regulamentado por meio da portaria normativa 442/2023.

De acordo com o gerente de Pós-Medidas e Empregabilidade, Paulo Henrique Lucas da Silva, os jovens que saem da instituição são acompanhados por uma equipe de profissionais e recebem um kit com informações sobre a iniciativa. Além disso, o projeto busca oferecer oportunidades no município em que os participantes residem. “Quando o adolescente sai, ele já leva seus documentos pessoais, como RG e Carteira de Trabalho, e os certificados dos cursos que fez no centro de atendimento. Agora vamos incluir um folder do programa, com número de WhatsApp para mais informações e orientações, além de uma carta explicativa de como procurar o Posto de Atendimento ao Trabalhador, o PAT.”